MODOS DE AMPLIFICAÇÃO
Existem duas formas básicas de amplificar a gaita:
MODO 1 - Explorar o som natural do instrumento;
MODO 2 - Utilizar equipamentos como um amplificadores (valvulados ou não) e microfones específicos, geralmente, com cápsulas "vintage" de alta impedância, que, em conjunto, modificam o som natural da gaita, resultando em timbres normalmente mais robustos, agressivos e encorpados.
Repare no vídeo abaixo como o Sugar Blue inicia a música no "modo 2" com seu mic bullet plugado num amp, cujo som não foge tanto as características sonoras de uma gaita, mas que, ainda assim, é diferente do som de uma gaita no "modo 1", tocada num microfone comum de voz, como é possível perceber no mesmo vídeo. Logo em seguida, um vídeo do Mark Ford tocando com um som mais aveludado, explorando o "modo 2".
A escolha do "modo 1" ou "modo 2" varia de acordo com o gosto, o contexto, a sensibilidade e/ou a opção disponível no momento. Na verdade, muitos (até mesmo técnicos de som experientes) desconhecem a segunda opção. Geralmente pessoas costumam estranhar o segundo modo, achando que o som está grave demais ou "meio abafado para uma gaita", quando na verdade a proposta é exatamente essa, explorar as freqüências médio-graves para deixar o som mais "cremoso" e encorpado, como no vídeo do Mark Ford acima. Os famosos microfones Bullets funcionam melhor quando utilizados em conjunto com amplificadores (principalmente os valvulados), seja tocando acompanhado com banda ou com uma formação mais reduzida, mantendo a amplificação elétrica como no vídeo do Kim Wilson à seguir.
MODO 1
Então agora vamos explorar um pouco mais o "modo 1", que significa extrair o som mais natural do instrumento. Comecemos então pela ciência que existe sobre a maneira de se utilizar um microfone dinâmico em monitores, geralmente um SM-58 diretamente plugado na mesa de som que vai para o P.A. Desta maneira, pode-se tocar de duas formas que exigem equalizações diferentes:
a) deixando-o fixado ao pedestal e tocando próximo ao seu campo de captação;
b) segurando e envolvendo o microfone com as duas mãos;
Há algo que é comum de acontecer, principalmente com quem ainda está iniciando as experiências com a gaita no palco, mas que também pode ocorrer de vez em quando com gaitistas mais experientes. Já lhe aconteceu de ficar satisfeito na passagem de som individual, e quando entra a banda, surgem dificuldades em se ouvir e logo em seguida muitas microfonias? Geralmente ao não se ouvir, o gaitista se aproxima cada vez mais do microfone até envolvê-lo com as mãos para conseguir mais volume. Isso geralmente não termina bem se o mic não estiver equalizado para isso, pois envolvê-lo com as mãos amplia a possibilidade de realimentações e também muda o timbre completamente. Nada se poderá fazer se o volume do som da banda no palco estiver mais alto do que o limite de volume para a gaita, por isso a passagem de som e a sensibilidade e dinâmica dos músicos é de extrema importância.
Existem técnicos de som que estranham a atitude de abafar a capsula do microfones com as mãos. Não há nada de errado nisso, desde que o mic esteja equalizado para tal. Tocar desta forma apenas pode exitar algumas frequências altas indesejáveis e o técnico pode cortá-las desde que tenha experiência para identificar tais frequências; desde que disponha de um equipamento que lhe proporcione a opção de corte necessária, e também, que saiba manuseá-lo. Geralmente quando o mic está equalizado para se captar voz e se pretende tocar gaita nesse mesmo mic, é mais aconselhável não envolvê-lo com as mãos, pois isso aumenta o risco de gerar microfonias de agudo e um som muito estourado, com volume tão alto que possa incomodar os ouvidos do público e até dos músicos.
a) deixando-o fixado ao pedestal e tocando próximo ao seu campo de captação;
b) segurando e envolvendo o microfone com as duas mãos;
Há algo que é comum de acontecer, principalmente com quem ainda está iniciando as experiências com a gaita no palco, mas que também pode ocorrer de vez em quando com gaitistas mais experientes. Já lhe aconteceu de ficar satisfeito na passagem de som individual, e quando entra a banda, surgem dificuldades em se ouvir e logo em seguida muitas microfonias? Geralmente ao não se ouvir, o gaitista se aproxima cada vez mais do microfone até envolvê-lo com as mãos para conseguir mais volume. Isso geralmente não termina bem se o mic não estiver equalizado para isso, pois envolvê-lo com as mãos amplia a possibilidade de realimentações e também muda o timbre completamente. Nada se poderá fazer se o volume do som da banda no palco estiver mais alto do que o limite de volume para a gaita, por isso a passagem de som e a sensibilidade e dinâmica dos músicos é de extrema importância.
Existem técnicos de som que estranham a atitude de abafar a capsula do microfones com as mãos. Não há nada de errado nisso, desde que o mic esteja equalizado para tal. Tocar desta forma apenas pode exitar algumas frequências altas indesejáveis e o técnico pode cortá-las desde que tenha experiência para identificar tais frequências; desde que disponha de um equipamento que lhe proporcione a opção de corte necessária, e também, que saiba manuseá-lo. Geralmente quando o mic está equalizado para se captar voz e se pretende tocar gaita nesse mesmo mic, é mais aconselhável não envolvê-lo com as mãos, pois isso aumenta o risco de gerar microfonias de agudo e um som muito estourado, com volume tão alto que possa incomodar os ouvidos do público e até dos músicos.
a) Microfone no pedestal
b) Microfone nas mãos
Crucial respeitar as características direcionais de cada tipo de microfone. Os mics “Cardióides” têm seu ângulo de rejeição sonora mais forte em 180º, isso quer dizer que colocando um monitor (retorno) exatamente atrás deste tipo de mic, existem menos chances de haver realimentações. Exemplos de mics Cardióides: Shure Sm-58, AKG D-770, Lesson Sm-58 e o Behringer Ultravoice XM-8500. Cada um desses microfones citados possui um gráfico característico da curva de resposta, traduzindo sua sonoridade e timbre e tornando o microfone melhor ou pior para determinada fonte de som em determinada ocasião. A Shure é, praticamente, a marca considerada mais famosa e de credibilidade, mas existem outras marcas que produzem ou já produziram um mic com boas curvas de freqüência para harmônica como a Electro-Voice.
Já os microfones "Supercardióides" têm um maior alcance frontal e seu maior ângulo de rejeição ao som é de 120º, ficando melhor posicionar monitores nas laterais-trazeiras do mic. Um bom exemplo deste tipo de mic é a série "Beta" da Shure (Shure beta SM-58).
Já os microfones "Supercardióides" têm um maior alcance frontal e seu maior ângulo de rejeição ao som é de 120º, ficando melhor posicionar monitores nas laterais-trazeiras do mic. Um bom exemplo deste tipo de mic é a série "Beta" da Shure (Shure beta SM-58).
MICROFONE NO PEDESTAL
SEGURANDO O MIC DINÂMICO COM AS MÃOS
Tocar gaita envolvendo o mic com as mãos eleva as frequências médio-graves e, principalmente, o volume, encorpando um pouco mais o som sem perder a característica natural da harmônica, que permanece com seu som "limpo". Existem hoje muitos mics específicos para o instrumento mas é possível tocar desta forma com mics mais comuns. Assista Snooky Pryor!!!
Apesar de se ganhar mais liberdade, facilitando a movimentação do gaitista, essa forma de segurar o mic torna quase impossível a aplicação do "efeito wha wha", que é característico do instrumento e bastante utilizado na concepção de "gaita acústica". Neste caso, é bom que o gaitista tenha outros truques na manga ou deixe outro microfone equalizado para uso no pedestal. Como já dissemos, envolver o mic com as mãos é muito mais fácil de excitar as microfonias (para desespero de alguns técnicos), precisando atenuar algumas freqüências, geralmente, entre 800 hz e 4Kz. Nada difícil de fazer, tendo o técnico, vontade de somar, conhecimento e um equipamento que lhe proporcione tais opções. Por isso, para não depender de técnicos desavisados e ter uma autonomia de em sua própria equalização, pode ser interessante utilizar de um pedal equalizador ou um pré-amplificador para o próprio gaitista efetuar os cortes necessários, notadamente, se a mesa de som possuir apenas os mixers (apenas botões de controle de grave, médio e agudo). Na utilização destes pedais, aconselha-se sempre atenuar as frequências. Em minha experiência utilizei muito os pedais GE-7 da Boss e o V-Tone Acoustic ADI 21 da Behringer. Alguns gaitistas mais conservadores preferem não optar por esses recursos, porém, pode ser interessante experimentar tudo que você puder, levando em conta que nenhum dos pedais citados foi desenvolvido para harmônica e me agradaram. Porém, é preciso lembrar que esses pedais não fazem mágica. Antes de tudo, é preciso amadurecer seu timbre.
CONTINUA NA PRÓXIMA POSTAGEM...